Faleceu na manhã de hoje (3), o professor da Universidade Federal da Bahia, historiador Ubiratan Castro, 64 anos. Bira, como era tratado pelos amigos, morreu por volta da 7h, no Hospital Espanhol, onde esteve internado desde o dia 30 de setembro. No início de outubro, foi transferido para a UTI com problemas renais. Corpo será velado hoje, no Palácio da Aclamação, no Campo Grande, a partir das 14h. Cremação será amanhã, 4, às 10h, no Cemitério Jardim da Saudade.
Ubiratan pertencia ao quadro de professores da UFBA, no Departamento de História da Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas. Era diretor da Fundação Pedro Calmon, ligada à Secretaria de Cultura do Estado da Bahia e foi um dos fundadores do Centro de Estudos Afro Orientais (Ceao). Atualmente, estava afastado da universidade para assumir o cargo de diretor da Fundação.O professor foi presidente do Conselho para o Desenvolvimento das Comunidades Negras de Salvador e trabalhou até 2006 com o ministro da Cultura, Gilberto Gil, dirigindo a Fundação Cultural Palmares.Formação
Ubiratan Castro era doutor em História pela Université Paris IV-Sorbonne, mestre em história pela Université Paris X-Nanterre, licenciado em História pela Universidade Católica do Salvador e bacharel em Direito pela Universidade Federal da Bahia. Era também membro da Academia de Letras da Bahia, onde ocupava a cadeira 33.
Ubiratan escreveu os livros "A Guerra da Bahia", "Salvador Era Assim - Memórias da Cidade e Sete Histórias de Negro". Lançou em 2009, na cidade de Cachoeira o livro de contos "Histórias de Negro".