A complexidade dos sistemas naturais norteou a palestra “Modelos da Natureza - Origens da Física Estatística”, proferida pelo professor Sílvio Salinas, durante evento realizado nesta quarta-feira (04/03), como uma das atividades da semana inaugural do primeiro semestre de 2015, na UFBA. Salinas, que é professor titular do Instituto de Física da USP, analisou os processos de observação e descrição dos fenômenos naturais para a construção dos modelos científicos, no Salão Nobre da Reitoria.
Devido ao colorido fortemente interdisciplinar do tema, o encontro contou com a participação de cientistas das mais diversas áreas, principalmente, professores, pesquisadores e estudantes da área da Física. A atividade foi aberta pela apresentação do violonista Adriano Oliveira e entre os presentes estavam o Reitor, professor João Carlos Salles; o Pró-Reitor de Pós-Graduação, professor Olival Freire e o diretor do Instituto de Física, professor Raimundo Muniz.
Sobre Sílvio Salinas
O professor Sílvio Salinas é professor titular do Instituto de Física da USP, membro da Academia Brasileira de Ciências. Engenheiro Elétrico e Bacharel em Física pela Universidade de São Paulo, Doutor em Física pela Carnegie-Mellon University, Pittsburgh, USA. É uma das grandes referências da Física no Brasil, na área de Física Estatística, tendo orientado dezenas de teses e dissertações, publicado livros e diversos artigos na área. Um dos seus livros, amplamente adotados nos cursos de graduação e pós-graduação no Brasil, ganhou o Prêmio Jabuti.
Como renomado cientista, Salinas é reconhecido pela sua formação intelectual com grande interesse por História da Ciência. Sua trajetória acadêmica é marcada por constantes preocupações com a vida universitária brasileira e com o desenvolvimento da ciência no Brasil, tendo assumido posições de gestão, representação acadêmica e científica na USP, na UFABC, na Sociedade Brasileira de Física, na CAPES e no CNPQ.
Além do título de Engenheiro Elétrico pela USP, Salinas também tem outro título de Engenharia pelo ITA, recebido em 2005, quando foi feita uma reparação histórica, anistiando os ex-alunos do Instituto e diplomando 6 deles que tinham concluído os créditos, mas foram impedidos de graduarem-se em represália à atuação política exercida na época da ditadura militar.