A Escola de Música da UFBA (EMUS) está em campanha, em nível nacional, para ajudar Pedro Bezerra de Araújo Pinto, 8 anos, filho único, portador de leucemia há um ano, que teve de retornar para a UTI de um hospital de São Paulo. Pedro é filho da servidora Ida Bezerra de Araújo Pinho, assistente em administração da Universidade. Ele necessita urgentemente de doação de medula e de sangue, porquanto não tem compatibilidade para receber de seu próprio núcleo familiar, o que poderia ser uma grande esperança de cura. Segundo sua mãe, ele luta bravamente, como um herói, para suportar todo o sofrimento que a doença lhe tem causado. No cotidiano vivido na UTI, longe de seus amigos e familiares, aliado aos dolorosos tratamentos, Pedro enfrenta suas dificuldades com um só pedido aos seus pais: “Segura minha mãozinha?”
Ida revela que, recentemente, quando Pedro estava prestes a encontrar um doador, na imensa fila de espera, levaram “uma grande rasteira: o retorno violento de células indesejáveis". A angústia e a aflição de seus pais aumenta a cada dia, já estão numa
"corrida contra o tempo" para salvar o menino. Ela prossegue em seu apelo, ao afirmar que só nessa última internação Pedro já recebeu 40 bolsas de hemoderivados.
O problema se agrava quando, fora do núcleo familiar, a possibilidade de encontrar um doador compatível é de uma em cem mil. Pedro está na fila do Registro Brasileiro de Doadores de Medula Óssea (Redome), instalado no Instituto Nacional de Câncer (INCA). Desta forma, com as informações do receptor, que não disponha de doador aparentado, busca-se no Redome um doador cadastrado que seja compatível com ele e, se encontrado, articula-se a doação.
É importante destacar, para os que não conhecem o processo de doação de medula, que "ninguém tira um pedaço de sua espinha", pois a medula é um tecido líquido e é constantemente renovada em nosso organismo. Em 15 dias ela será recomposta. Para saber se você é um possível doador, basta a coleta de cinco mililitros (5 ml) de sangue, no Hemocentro de sua cidade (aqui em Salvador é o Hemoba) e se inscrever no cadastro de doadores voluntários de medula óssea. No site http://www1.inca.gov.br/conteudo_view.asp?ID=677 tem um texto explicativo para os interessados. Toda ajuda é válida e urgente.
Qualquer pessoa entre 18 e 55 anos com boa saúde poderá doar medula óssea. São necessários milhares ou milhões de doadores cadastrados para o paciente poder ter uma chance. Se a compatibilidade for confirmada, o voluntário será consultado para decidir se deseja fazer a doação. No procedimento de doação o doador é anestesiado em centro cirúrgico e o líquido é retirado do interior dos ossos da bacia por meio de punções. Não há dores ou cortes. Os doadores retornam às suas atividades habituais uma semana após a doação.
É possível dar uma mãozinha a Pedro Araújo divulgando esta mensagem nas redes sociais, através de e-mails, a parentes e amigos, ou se cadastrando junto a um Hemocentro (no caso da Bahia é o Hemoba, ao lado do Hospital Geral do Estado), para que se possa encontrar uma chance de salvar a vida de Pedro ou de outras pessoas. A ideia é fortalecer essa corrente de solidariedade, pelo que a família de Pedro e os colegas de sua mãe na UFBA agradecem imensamente a todos que se dispuserem a colaborar para que esse clamor se estenda aos milhões.
