Mais uma atividade do Projeto “UFBA em Debate” será realizada no próximo dia 24/09, às 17h, com a palestra “Representação e Participação da Filosofia da Libertação”, proferida pelo filósofo argentino Enrique Dussel, no Palácio da Reitoria da UFBA, no Canela. “É um tema de ética enquanto renovação da subjetividade política e da filosofia do direito - é uma nova concepção democrática da representação. O povo nunca aliena o poder e a soberania, apenas o delega parcialmente”, afirma a professora Gabriela Hita, que integra a organização do evento.
A atividade terá transmissão ao vivo pelo link http://aovivo.ufba.br/dussel
Enrique Dussel
Enrique Dussel é um filósofo argentino radicado no México, conhecido como um dos maiores expoentes da Filosofia da Libertação e do pensamento latino-americano. Autor de inúmeras obras, seu pensamento discorre sobre temas como filosofia, política, ética e teologia. É crítico do pensamento eurocêntrico contemporâneo e da pós-modernidade, chamando por um novo momento denominado “transmodernidade”.
No início dos anos de 1970, ele lançou a primeira versão de Ética da Libertação em que revelava suas preocupações ou necessidades relacionadas à compreensão de um sistema-mundo. "Em seus escritos filosóficos estão fotografias que mostram o processo de formação em filosofia, teologia e história, a sua abordagem para entender o pobre como a principal categoria de análise hermenêutica, a necessidade de pensar da filosofia como uma prática que envolve um compromisso e não só como uma prática acadêmica". (Revista Anfibia)
A vida e o pensamento filosófico de Enrique Dussel foram influenciados por viagens e reflexões e debates cosmopolitas nos quais se envolveu ao longo dos anos com os pensadores de diferentes geografias. Formou-se em Filosofia na Universidade Nacional de Cuyo, no final dos anosde 1950 e seguiu para a Europa, onde descobriu seu próprio continente - a América Latina e um Terceiro Mundo periférico. Dussel é doutorado em filosofia pela Faculdade de Letras da Universidade Central (Complutense). No final dos anos de 1960", começou a ensinar como professor adjunto de antropologia e da ética na Universidade Nacional da Resistência e permaneceu lá até 1975, quando foi censurado e expulso da universidade, juntamente com outros professores. Ele foi para o exílio e se estabeleceu no México, onde viveu por quatro décadas.
O intelectual que completou 80 anos há pouco tempo, possui uma vasta produção teórica que é uma chave para a compreensão de parte da filosofia contemporânea e da filosofia latino-americana.
Contribuições da Revista Anfibia
