O auditório do PAF 3 (Campus de Ondina) abriga nesta terça-feira (dia 19 de outubro), a partir das 15h, o Simpósio Culturas Africanas, Expressões Identitárias, Trânsitos Culturais, promoção conjunta do Programa de Pós-Graduação em Literatura e Cultura da UFBA, Departamento de Ciências Humanas e Tecnologias da UNEB (Campus XXIII – Seabra) e Grupo de Africanas do Instituto de Letras da UFBA (ILUFBA), com o apoio do TemPós e do SePesq Letras 2010. Além das especialistas brasileiras de literaturas africanas Laura Padilha, Moema Parente Augel e Rita Chaves, estarão presentes o sociólogo José Luís Cabaço, reitor da Universidade Técnica de Moçambique, e o escritor angolano Manuel Rui, que fará conferência na sessão de abertura do SePesq, em seguida à mesa-redonda.
Manuel Rui Alves Monteiro nasceu no Huambo, em 1941, tendo vivido durante anos em Coimbra, onde se licenciou em Direito. Em Portugal foi advogado e membro da direção da revista "Vértice", de que foi colaborador. Regressou a Angola em 1974, onde ocupou diversos cargos políticos, tendo sido ministro da Informação do Governo de Transição. Foi também professor universitário e reitor da Universidade de Huambo, e posteriormente funcionário superior da Diamang e de novo jurista. É um dos principais ficcionistas angolanos. Dentre as inúmeras obras, que ainda envolvem música e hinos angolanos, está “Quem me dera ser onda”, novela traduzida e premiada, integrante do cânone educativo brasileiro, composto pelo MEC com as obras literárias recomendadas para o ensino básico e fundamental.