O prédio da Faculdade de Medicina da Universidade Federal da Bahia, no Terreiro de Jesus, foi tombado pelo IPHAN (Instituto do Patrimônio Artístico e Histórico Nacional), órgão vinculado ao Ministério da Cultura. A homologação do tombamento, assinada pelo ministro Juca Ferreira, foi publicada nesta quinta-feira, 24, no Diário Oficial da União.
O tombamento reconhece o valor histórico do edifício e a história do ensino da medicina no país, além de seu valor artístico e arquitetônico. A proteção do bem significa impedir que ele desapareça, mantendo-o preservado para futuras gerações. A partir dessa homologação, o prédio passará a ser resguardado pelo IPHAN e qualquer intervenção deverá ser comunicada ao órgão.
O atual edifício foi construído em 1905 após o incêndio do prédio anterior, o Colégio dos Jesuítas, que fora sede da primeira Faculdade de Medicina do Brasil, criada em 1908. localizado no mesmo local, pelo engenheiro Teodoro Sampaio - engenheiro baiano negro de grande destaque nacional na segunda metade do século 19 e início do século 20, que atuou também como geólogo, engenheiro civil, historiador, político, cartógrafo e urbanista - e segundo projeto do arquiteto Victor Dubugras, considerado um dos precursores da arquitetura moderna na América Latina, ligado aos movimentos do ecletismo, art nouveau, neocolonial e modernismo.
O pedido do tombamento havia sido feito em 1994. Desde 1985, o prédio é considerado Patrimônio Mundial da Humanidade pela Unesco (Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura). Nos anos 2000, o edifício passou por extensas obras de restauração, passando a abrigar o Memorial da Medicina da Faculdade de Medicina da Bahia. Em 2004, voltou a abrigar a Faculdade de Medicina e, atualmente, sedia a secretaria geral da Faculdade, bem como os programas de extensão. Atualmente, abriga também dois museus ligados à UFBA: o MAFRO (Museu Afro-brasileiro) e o MAE (Museu de Arqueologia e Etnologia).
*com informações do IPHAN