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Simpósio reúne pesquisadores do chumbo em Santo Amaro

Evento para comunidade científica, gestores e políticos

 

O I Simpósio de Atualização Científica de Santo Amaro (SACSA) acontece de 14 a 16 de maio, na cidade de Santo Amaro, no Recôncavo Baiano com a presença de cerca de 30 pesquisadores  que realizaram estudos, nos últimos 10 anos, sobre a contaminação ambiental provocada pela Cobrac/Plumbum. O evento que é uma realização da Universidade Federal da Bahia e Prefeitura de Santo Amaro-BA com patrocínio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado da Bahia – Fapesb,  será aberto à participação dos profissionais e técnicos da gestão municipal das áreas de Saúde, Meio Ambiente e Educação, de estudantes do nível médio e de representantes da sociedade civil organizada.

 O objetivo é reunir a comunidade científica, gestores e o público local para conhecer as pesquisas que estão sendo desenvolvidas no município e discutir as ações necessárias para a descontaminação ambiental e remediação das vítimas, segundo o professor da Universidade Federal da Bahia e coordenador geral do I SACSA, José Ângelo Sebastião Araújo dos Anjos. Para o prefeito de Santo Amaro, Ricardo Machado, a iniciativa vem contribuir para os esforços da gestão municipal no enfrentamento das consequências do passivo socioambiental da Companhia Brasileira de Chumbo – Cobrac. “Temos o desafio de dar uma resposta à comunidade, depois de quase 40 anos de pesquisas, de como resolver a situação de Santo Amaro”, afirma o prefeito.

Programação

O I SACSA será aberto na noite do dia 14 de maio, em solenidade na Câmara de Vereadores de Santo Amaro. Nos dias 15 e 16, os trabalhos seguem das 8h às 18h, no Teatro Dona Canô, onde serão realizadas cinco mesas redondas com os temas: Painel dos atuais projetos de pesquisas em Santo Amaro-BA;   Retrospectiva da produção científica dos anos 2000-2012Desafios da intersetorialidade em saúde e meio ambiente no contexto da vulnerabilidade à contaminação em Santo Amaro; Perspectivas para a criação de um centro de tratamento das vítimas do chumbo, e Desdobramentos do Plano de Ação proposto pelo CETEM: desafios para a descontaminação do solo. 

Os primeiros estudos sobre os efeitos da contaminação da Companhia Brasileira de Chumbo (Cobrac) na saúde humana foram realizados por pesquisadores da Universidade Federal da Bahia e datam de 1978. Em um levantamento bibliográfico sobre o caso constatou-se que, desde a década de 1970 até 2011, foram defendidas, pelo menos, 15 dissertações de mestrado, cinco teses de doutorado e seis monografias, e publicados 36 artigos científicos. O interesse científico pelo caso tem crescido mesmo depois do fechamento da metalurgia há mais de 15 anos, devido à persistência da contaminação evidenciada nos estudos mais recentes que indicam a presença de metais em material biológico humano e no ambiente. Mais informações pelo e-mail simposiosantoamaro.2013@gmail.com