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UFBA lança seu Calendário das Ciências

Primeiro memorável é o ex-reitor Roberto Santos

Em meio às comemorações de seus 70 anos de criação, a Universidade Federal da Bahia lança o Calendários das Ciências com o objetivo de valorizar a produção acadêmica realizada pelo coletivo UFBA, ao longo dessas sete décadas, reunindo docentes, técnicos e estudantes.  Neste primeiro dia do calendário – 15 de fevereiro de 2016 – o personagem de destaque é o Ex-reitor Roberto Santos que, à frente da Universidade, no período de 1967-1971, dedicou-se ao máximo em sua missão de produzir conhecimento e dialogar com as questões prioritárias da época.  O Calendário das Ciências pode ser acompanhado diariamente nas atualizações de sua Fanpage.  

 

Sobre Roberto Santos

Roberto Figueira Santos, 89 anos, é uma referência viva obrigatória no tema desenvolvimento do conhecimento científico na Bahia. Outros de sua geração na UFBA terão dado à luz uma produção científica mais contínua e extensa, ninguém, no entanto, ocupou desde a criação da Universidade tantas posições distintas, igualmente influentes e, com frequência, tão decisivas, na criação de um ambiente favorável à expansão e à qualidade da pesquisa científica no Estado.

Em sua própria avaliação, foi a formação de novas gerações de médicos nos anos em que atuou como professor da Faculdade de Medicina da UFBA, de 1953 a 1967, sempre “instilando neles o gosto pela pesquisa científica”, uma das marcas mais importantes de sua vida.

Seu trabalho mais significativo como reitor foi a implantação física e institucional de nove institutos básicos, cuja estruturação tinha sido definida no reitorado anterior, de Miguel Calmon. Roberto Santos enfrentou grandes resistências a essa reforma da universidade, principalmente por parte do corpo docente das faculdades mais estabelecidas, que entendiam que os institutos básicos provocariam o esvaziamento das unidades profissionalizantes.

Roberto Santos, filho de Edgard Rego dos Santos, fundador da UFBA, foi também reitor desta universidade (1967-1971) depois de um breve período como secretário da Saúde em 1967, presidente do Conselho Federal de Educação (1971-1974), governador da Bahia (1975-1979), presidente do CNPq (1985-1986), ministro da Saúde (1986-1987), representante do Brasil no Conselho Diretor da Organização Mundial de Saúde, OMS (1987-1990) e deputado federal (1994-1998), entre outras funções relevantes. Em todo esse percurso, o desenvolvimento científico e tecnológico do Brasil e da Bahia foi sempre uma prioridade. Em 2011, prestes a completar 85 anos, liderou um grupo de respeitados cientistas e professores baianos para fundar a Academia de Ciências da Bahia, da qual é presidente.