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UFBA leva experiência do IHAC a encontro do MEC em São Paulo

Sergio Farias e outros representarão a Universidade

 

Acontece nesta semana em Santo André (SP) o I Encontro Nacional dos Bacharelados Interdisciplinares. O evento é promovido pela Secretaria de Educação Superior do MEC em conjunto com o Colégio de Pró-Reitores de Graduação da Andifes. Participarão representantes das 15 universidades federais brasileiras que já adotam essa nova modalidade de curso superior. A Universidade Federal do ABC foi escolhida como sede por ter sido a primeira instituição a adotar o B.I. Nela, todos os cursos profissionais já foram criados em formato de dois ciclos, sendo o B.I. o primeiro ciclo obrigatório.

Conforme a SESU-MEC, a oferta de vagas em Bacharelados Interdisciplinares no Brasil já se constitui em 10% de toda a oferta das universidades federais. Esse percentual será aumentado bastante em curto prazo. Em praticamente todos os  47 novos campi universitários que estão sendo criados no Brasil haverá essa modalidade de curso. O encontro em Santo André ocorrerá nos dias 5 e 6 de junho e a UFBA estará representada pelo Prof. Ricardo Miranda, pró-reitor de Graduação,  Profa. Regina Cruz, assessora da Prograd, os professores Sergio Farias e Luis Augusto Vasconcelos, respectivamente diretor e coordenador acadêmico do IHAC, e integrantes da coordenação dos quatro Bacharelados Interdisciplinares. 

Além dos quatro colegiados, cada Centro Acadêmico do IHAC também indicou um representante para comparecer ao evento, contando com auxílio da PROAE. O Ministro da Educação estará presente e o Prof. Naomar de Almeida Filho, ex-reitor da UFBA, foi convidado pela SESU para fazer a palestra de abertura do evento. A UFBA é a única universidade que oferece B. I. em todas as quatro grandes áreas do conhecimento: Artes, Humanidades, Saúde  e Ciência e Tecnologia.

No encontro, organizado pela SESU-MEC e pelos Pró-Reitores de Graduação, os participantes se reunirão em quatro Grupos de Trabalho. Num deles acontecerão reflexões sobre os conceitos de Interdisciplinaridade, base pedagógica dos bacharelados. Nessa perspectiva educacional, os estudantes desenvolvem a capacidade de articular saberes das várias áreas do conhecimento, combinando teoria e prática, e constituindo sua autonomia, com a escolha dos cursos que deseja, para compor sua formação, já que os currículos de B.I. são bastante flexíveis, diferentemente dos cursos profissionalizantes.

Outra característica dos Bacharelados Interdisciplinares é a possibilidade do estudante ingressar numa grande área e conhecer a universidade por dentro, frequentando aulas em várias unidades, antes de escolher um curso profissionalizante a seguir, o que acontece somente depois de concluir sua formação universitária geral no B.I. 

Os outros grupos de trabalho abordarão a mobilidade do estudante entre várias instituições, a flexibilidade curricular e a escolha profissional, e o perfil do egresso.

Quando o egresso do B.I. inicia sua segunda etapa de graduação, num curso profisisonalizante, ele já cursou com aprovação pelo menos 30 componentes curriculares, uma parte deles no Instituto de Humanidades, Artes e Ciências (IHAC) e a maioria deles em diversas Unidades da UFBA.  Desse modo, os egressos do B.I., avaliados processualmente durante três ou quatro anos, por pelo menos trinta professores de diversas Unidades da UFBA, cursam as disciplinas profissionalizantes ao lado daqueles que ingressaram diretamente no curso pelo Vestibular, avaliados apenas com quatro provas. 

Essa interação é vista como bastante enriquecedora pelos professores do IHAC, que defendem a formação combinada entre a interdisciplinaridade, em forma de rede, e o aprofundamento que ocorre no curso profissionalizante. Alguns diplomados no B.I. já ingressam diretamente em pós-graduação e todos eles podem trabalhar com remuneração em ocupações variadas que requerem um curso superior. O encontro em Santo André incluirá a discussão dos currículos adotados nas 15 universidades pioneiras, fornecendo elementos para a SESU encaminhar em breve os processos de reconhecimento e avaliação dos cursos, com base nos referenciais curriculares aprovados em 2011 pelo Conselho Nacional de Educação. Três experiências com B.I. serão apresentadas com maiores detalhes no evento e uma delas será a da UFBA.