A Universidade Federal da Bahia, amparada em nota técnica emitida por seu Comitê de Assessoramento da Covid, entende que o quadro atual da pandemia ainda não permite que medidas de proteção à saúde sejam dispensadas e, portanto, decide manter a obrigatoriedade do uso de máscaras em todos os espaços da Universidade.
A nota técnica do Comitê indica, com rigoroso detalhamento, pelo menos quatro fatores que embasam a decisão da Universidade, a saber: 1) a nítida diminuição do ritmo de descenso da frequência diária de novos casos em Salvador e na Bahia nas últimas semanas; 2) a persistência da frequência de novos casos e das internações hospitalares pela Covid-19 em Salvador e na Bahia, indicando haver ainda transmissão ativa do vírus; 3) a lenta progressão da imunização da população adulta com dose de reforço, e mesmo com a primeira dose na faixa etária entre 5 e 11 anos; e 4) a elevação ou manutenção em altos patamares dos índices de contaminação fora do Brasil, o que torna a movimentação internacional de pessoas relacionada às atividades da Universidade um fator de risco.
Assim, o Comitê entende que "até que se retorne aos níveis de incidência da doença anteriores ao início da terceira onda da pandemia e que a incidência e a mortalidade permaneçam em níveis baixos por pelo menos três semanas, como recomenda a Organização Mundial da Saúde, a suspensão das medidas protetivas, ainda que ocorra a expansão da vacinação específica, é uma medida precipitada e potencialmente danosa à saúde da população". Por essa razão, "recomenda-se a manutenção da obrigatoriedade do uso de máscara em todas as atividades presenciais nas dependências da UFBA".