A Universidade Federal da Bahia recebe os seminários do “Encontro Internacional: a Associação Internacional dos Trabalhadores 150 anos depois” com programação que acontece durante toda a sexta-feira (31/10), no Auditório da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo, na Federação. O vice-reitor, professor Paulo Miguez, abriu as atividades do evento cujo objetivo é permitir uma discussão ampla e profunda, visando estimular o conhecimento e importância da AIT e de seu legado, bem como discutir a situação contemporânea do trabalho e dos trabalhadores.
Até as 12h acontece a mesa “A AIT: suas origens, seus debates e desafios” com a participação de Brian Garvey (University of Strathclyde/Glasgow), Jorge Almeida (UFBA), Valério Arcary (IFSP) e Jair Batista da Silva (UFBA). A partir das 14h será realizada outra mesa com o tema “AIT e os novos desafios: sindicalismo, gênero e classe” com a participação de Ursula Huws (University of Hertfordshire/Inglaterra), Ricardo Antunes (UNICAMP), Graça Druck (UFBa), Lana Bleicher (UFBA) e à noite, os debates serão sobre “As lutas sociais globais e suas transversalidades no século XXI”, tendo explanações de Marcello Musto (York University /Canadá), Ricardo Antunes (UNICAMP) e Graça Druck (UFBa).
Os seminários
Entre os dias 29 e 3 de novembro, ocorre em vários estados e universidades do país – UNICAMP, USP, UFRJ, UFRGS, UFF,UFMG, UFRN, UFRB e UFBA – um conjunto de seminários que são parte do “Encontro Internacional: a Associação Internacional dos Trabalhadores 150 anos depois”. A AIT foi fundada em 28 de setembro de 1864, em Londres com Marx e Engels como seus fundadores e se desfez em 1872. A AIT tornou-se o símbolo da luta dos trabalhadores e influenciou as ideias de milhões de pessoas em todo o planeta.
O objetivo central do encontro é permitir uma discussão ampla e profunda, visando estimular o conhecimento e importância da AIT e de seu legado, bem como discutir a situação contemporânea do trabalho e dos trabalhadores.
Os protestos e as rebeliões que ocorreram recentemente em várias partes do mundo e as jornadas de junho no Brasil distinguiram-se pelo caráter amplo de suas demandas por igualdade social, impondo-nos uma reflexão acerca dos novos problemas e transformações que vêm ocorrendo no mundo atual, especialmente na classe trabalhadora. Um dos grandes desafios mais urgentes é repensar sobre as complexas relações sociais, políticas e de representação entre os setores tradicionais da classe trabalhadora e o jovem que se desenvolve em escala global, na era da acumulação flexível e mundialização capitalista.
Os principais tópicos das conferências incluirão: a AIT na história; o legado da AIT; a realidade do trabalho de hoje; internacionalismo na era da “mundialização”; resistências à exploração e à opressão no espaço do trabalho; novos movimentos internacionais de protesto em suas decisivas dimensões de classe, gênero, etnia e geração; o diálogo entre as divisões da esquerda; o internacionalismo e a crítica de preconceitos nacionais; a luta de classes em nossos tempos; a crítica à destruição da natureza em escala mundial pela lógica destrutiva do capital; as alternativas de superação do capitalismo, na reflexão e na ação, o que é ou poder vir a ser o socialismo no século XXI, dentre tantos outros temas crucias do debate político e social contemporâneo.
Na Bahia, a UFRB, recebeu o evento no dia 30 de outubro e a UFBA recebe no dia 31 de outubro com sessões de discussão e atividades culturais – com o apoio de suas respectivas reitorias, além de programas de pós-graduação e grupos de pesquisa.