A Editora da UFBA foi destaque em duas categorias do Prêmio da Associação Brasileira de Editoras Universitárias (Prêmio Abeu 2018): Ciências Sociais Aplicadas e Linguística, Letras e Artes. A premiação, que reúne as melhores edições do país no âmbito do conhecimento científico e acadêmico, aconteceu na noite desta segunda, 5 de novembro, na Cinemateca Brasileira, na Vila Clementino, em São Paulo.
Na categoria Ciências Sociais Aplicadas, a EDUFBA foi premiada em segundo lugar com a obra “Jamais Fomos Zumbis: Contexto Social e Craqueiros na Cidade de São Paulo”, de Ygor Diego Delgado Alves. O livro debruça sua análise sobre o uso do crack na Cracolândia paulistana, espaço símbolo do “craqueiro”, onde se encontram diversos locais de comércio e de uso. A partir de uma pesquisa baseada em observação participante, o autor teve acesso a informações que, de outra maneira, não estariam à disposição, preenchendo, desta forma, uma lacuna no conhecimento a respeito do uso do crack. Na categoria, disputaram os livros “O Arquivo e o Lugar: Custódia Arquivística e a Responsabilidade pela Proteção aos Arquivos”, de Margareth da Silva, pela Editora da Universidade Federal Fluminense (EDUFF), que ficou em 1º lugar, e “Domesticidade, Gênero e Cultura Material”, organizado por Flávia Brito do Nascimento, Joana Mello de Carvalho e Silva, José Tavares Correia de Lira e Silvana Barbosa Rubino, pela Editora da Universidade de São Paulo (EDUSP), que ficou na 3ª posição.
Já na categoria Linguística, Letras e Artes, a Editora da UFBA também ficou na segunda posição, com o título “A Luz na Gênese do Espetáculo”, de Eduardo Tudella. O livro aborda aspectos específicos das relações entre a luz e a cena, acentuando a necessidade de sua discussão no Brasil. Na obra, Tudella faz a ponte entre os estudos teóricos e a reprodução da história do espetáculo, estudando não só a iluminação teatral, mas também outros elementos que fazem parte do discurso visual de uma prática cênica. Com um extenso trabalho historiográfico, o livro trafega pela história da arte, da civilização e dos gregos até a atualidade, compreendendo o espetáculo como obra composta, cuja efetivação congrega o trabalho de diversos artistas. Concorreram com a EDUFBA os livros “A Erótica Japonesa na Pintura & na Escritura dos Séculos XVII a XIX”, de Madalena Natsuko Hashimoto Cordaro, que ficou em 1º lugar, e “Contornos do (In)visível: Racismo e Estética na Pintura Brasileira (1850-1940)”, de Tatiana Lotierzo, em 3º, ambos pela EDUSP.
Além de vencer dois prêmios, a EDUFBA recebeu, ainda, duas menções honrosas. Na categoria Ciências Humanas, teve destaque a obra “Juventude e Trabalho: Desafios no Mundo Contemporâneo”, organizada por Denise Helena Laranjeira e Rosa Elisa Barone. Na categoria Ciências da Vida, o livro “A Família Asteraceae no Brasil: Classificação e Diversidade”, organizado por Nádia Roque, Aristônio Magalhães Teles e Jimi Naoki Nakajima.
Para a diretora da EDUFBA, a professora Flavia Goulart Rosa, o momento é de celebrar. “Somos vitoriosos! É uma grande satisfação, porque representa o reconhecimento do nosso trabalho”, afirma. Com as menções honrosas e nas categorias em que venceu, a EDUFBA coleciona quatro participações no Prêmio 2018, figurando, portanto, na segunda posição entre as editoras universitárias brasileiras. A primeira foi a Editora da USP.
Os trabalhos premiados foram escolhidos pela comissão organizadora do Prêmio em cada categoria, sendo formada por três membros de reconhecido saber na área de conhecimento correlacionada. Os jurados avaliaram os livros considerando quatro critérios: a relevância do conteúdo da obra, a singularidade ou a forma inovadora com que foi expressa a temática, o rigor científico, e a clareza e objetividade da linguagem para a enunciação da linha de conteúdo que formam os propósitos do livro.