Um concerto inteiro dedicado à obra coral de Johannes Brahms será apresentado pelo Madrigal da UFBA, no Concerto Brahmslieder que acontece a partir das 20h desta quarta-feira (28/10). Na apresentação serão entoadas canções de Brahms como Opus 42, 52 e 112 com o acompanhamento dos pianistas Hammurábi Ferreira e Elisama Gonçalves, sob a direção é do Maestro José Maurício Brandão, no Salão Nobre da Reitoria da UFBA, no Canela.
No programa, o Madrigal da UFBA apresenta as três canções para coro a seis vozes a cappela (Drei Gesänge, Op. 42) que figura como um dos mais antigos escritos de Brahms para coro misto e que, embora opus tenha sido catalogado com um número alto, é contemporâneo do Op. 17, escrito para coro feminino, duas trompas e harpa (1859-1860).
Será executado também o opus 52, "Valsas de Amor" que foram compostas para a atualmente inusitada combinação de quatro vozes solistas ou pequeno grupo vocal acompanhados de duo pianístico. Estas foram escritas com vista às interpretações doméstica com poemas traduzidos or Friedrich Daumer a partir de originais russos, polacos e húngaros (extraído de Polydora, de 1855). O concerto também terá o op. 112 que é uma obra para combinações vocais ou pequeno coro.
Brahms
Johannes Brahms (1833-1897), compositor alemão, filho de contrabaixista, figura como uma das figuras mais importantes do romantismo musical europeu do século XIX. Avesso ao virtuosismo cultuado na Europa do século XIX, Brahms permanceu fiel à busca pela perfeição, exigindo de intérpretes e ouvintes um outro tipo de virtuosidade: o da escuta atenta, sem a qual perde-se a essência de sua obra, que influenciou significativamente a produção musical do século XX, inspirando toda uma geração de compositores, a exemplo de Schönberg.
Embora, numericamente os 'lieder' formem a maior parte da obra de Brahms, é a sua música instrumental que figura entre as mais executadas de seu repertório. Ele escreveu prolificamente para todo tipo de combinação vocal, desde cançonetas singelas a prodigiosas canatas com orquestra.