Nesta quarta-feira (04/11), dia em que se completa 46 anos da morte do político e guerrilheiro baiano Carlos Marighella, seu filho, o advogado Carlos Augusto Marighella, a convite da reitoria da Universidade Federal da Bahia, visitou a universidade, onde foi recebido pelo reitor João Carlos Salles. Na ocasião, Salles reiterou a intenção da universidade em aprofundar as homenagens à memória de Carlos Marighella, cuja trajetória é de grande importância para a história da instituição, da Bahia e do Brasil.
Carlos Augusto agradeceu à iniciativa da UFBA e destacou que a instituição está cumprindo um importante papel, que é a responsabilidade de lembrar a atuação de grandes cidadãos - neste caso, Carlos Marighella. Ao destacar que seu pai também teve uma passagem acadêmica pela UFBA, Carlos Augusto lembrou que ele foi um homem leal, com marcado pelo idealismo e comprometimento, digno de ter sua memória lembrada e valorizada.
“Com essa ação de homenagear Marighella, a UFBA levanta o véu de silêncio diante da desmemorialização pela qual passa a sociedade e apresenta o legado exemplar que meu pai deixou para o país”, concluiu o filho do parlamentar que teve o mandato cassado.
Entre as homenagens que serão prestadas a Carlos Marighela está a restauração de uma placa, instalada na Escola Politécnica da UFBA, na Federação.
Carlos Marighella
Formado em Engenharia pela Escola Politécnica, Marighella foi político, guerilheiro e poeta baiano. Elegeu-se deputado federal constituinte pelo PCB em 1946. Atuou como um dos principais organizadores da luta contra a ditadura militar a partir de 1964. Devido à sua atuação, foi assassinado em uma emboscada, da qual participaram ao menos 29 agentes da ditadura, na alameda Casa Branca, em São Paulo (SP), na noite de 4 de novembro de 1969.